Friday, January 15, 2010

Com sono, cansada, mas inquieta. Precisava escrever algo. Como um diário? Não seu bem dizer. Só sei que preciso colocar em palavras o que nem mesma eu sei o que é. Quem sabe mais curto hoje, mas não menos importante. Quem sabe um poema? Por que não? Há tanto tempo que não escrevo nenhum. Capaz que já faça mais de um ano desde o último. Meia dúzia de palavras sairão. Se formarão um poema e algo que preste, aí já é outra história.

PS: (Pós redação) Aos desavisados, isso pode ofender. Leiam com carinho, com amor. Não julguem com mals olhos. Sintam cada palavra, cada respiração dada. Uma boa leitura.

***

A luz apagada.
Ainda é dia.
Há pouco o que se possa ver,
Mas o importante está ali.
Teus olhos castanhos pousados sobre mim.
Tua face que toco com todo meu carinho,
Todo o meu amor em um toque.
Posso sentir tua respiração,
Teu rosto quase colado ao meu.
E ao olhar fundo em teus olhos,
Sinto vontade de sorrir,
O que gera um leve sorriso em teu rosto.
Uma resposta.
Uma recíproca.
O que posso dizer se meu amor é tão grande,
E ao mesmo tempo, tão pequeno.
Eu o sinto pequeno por não achá-lo suficiente.
O amor que sinto não se resume simplesmente ao carnal,
Ao sexo, ao beijo,
Ao andar de mãos dadas, ao se sentir aconchegado.
És muito mais que um toque, um olhar um sorriso.
És meu amigo, se não o melhor deles.
És meu companheiro.
Meu amante.
Com a delicadeza como a de tocar uma flor,
Acaricias-me, sentes-me por inteira.
Teu lábios percorrem meu corpo como para provar-me,
Teu braços, peitos e pernas roçam-me de leve.
Respiras meu cheiro.
Deleitas-se simplesmente ao saber que me tens.
O mesmo, tento eu fazer,
De forma desajeitada e tímida.
Tento me fazer parte de teu ser,
De me fundir ao tão desejado,
De sentir.
Sentir.
O leve perfume que exala tua pele, teu suor.
Teu cheiro único.
O que te diferencia de qualquer outro.
De provar tua pele de todas as formas,
De acariciá-la, apertá-la, mordê-la.
Tento demonstrar meu amor por beijar-te inteiro,
Na esperança que entendas e agrade-te.
Quero sentir-me segura em teus braços,
Apenas abraces-me,
É o suficiente.
Quando toda essa demontração de amor se parece repetitiva
E o corpo pede por mais,
A fusão é completa.
Sentir-te por completo.
Em mim,
Sem pre em mim,
Em meu coração,
Em meu ser,
Em meu corpo.
Delicadamente me possuindo
E me rendendo aos prazeres do amor.
De um amor diferente,
Mas que de forma alguma deixa de ser amor.
Toda sua, entregue.
Eis que estou, apenas para ti.
De corpo e alma.
Contigo em mim,
Sempre.
Há um momento de esquecimento,
De apenas prazer.
Mas eis que me lembras do significado maior
Quando levemente se aproxima de meu rosto
E beija minha têmpora.
Ah, não é um beijo qualquer.
É o beijo que mais demontra carinho,
Que mais demonstra preocupação,
è o que mostra que me amas de todas as formas.
A agitação começa a aumentar,
O corpo começa a reagir,
A cada toque,
A cada pulsada de nossos corpos.
E eis que o êxtase chega.
É o momento para sentir.
É o momento para se tocar de leve,
Apenas acariciar.
Corpos sensíveis,
Corpos exaustos.
Um abraço.
Símbolo do final de nossa junção.
Preciso te ver,
Olhar fundo nos teus olhos,
Sentir vontade de sorrir,
E receber um dos sorrisos mais gostosos.
O sorriso sincero,
Uma retribuição.
De frente um para o outro,
A luz apagada.
Não há muito o que ver,
Mas há muito o que se sentir.
Segunrando teu rosto e sorrindo,
Ou com as costas em teu peito,
Aconchegada em teus braços.
Não simplesmente solta.
Abraçada.
Amada.
Abro meus olhos pela agitação ainda sentida.
Fecho-os para sentir.
Tua pele , teu calor,
Teu coração que bate em minhas costas,
Teus braços que esporadicamente me apertam.
Um sinal de presença e carinho.
Fecho meus olhos
Pois não há muito o que se ver.

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