Tuesday, January 20, 2009


Fotógrafo: Wladimir Fedotko

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Leve como o vento,
Deixo meus sentimentos fluirem,
Meu corpo ser levado ao infinito.
Sinto o ar que toca minha pele,
Acaricia meu rosto,
E corta com sua frieza tudo o que resta.
O pouco que restava parece ter-se evaporado.
A frieza com que penso e falo.
A falta de amor em que penso no que passou.
O que fica é apenas um resquício de dor,
Dor do que passou,
Do que deveria ser e não foi,
Do que não foi mas deveria.
Deveria?
Deixo o vento levar o passado,
Trazendo um futuro incerto
Porém mais certo que o que passou,
Mais cheio de vida e esperança,
Desejos fartos e doces.
Sonhos preenchem meus dias,
Dias que o vento leva como a poeira,
A poeira mais fina,
Que rodopia em pequenos rodamoinhos
E se perde no ar,
Deixando apenas uma leve lembrança.

1 comment:

Kojiro Shibuya said...

profundo, diz muita coisa, mas tambem deixa um certo misterio a vagar pelo ar. gostei do modo que utilizou o vento aqui.
Não sei se entendi direito o que voce quiz tranmitir, mas ficou nitido, porem, quem nao tem a sensibilidade adequada, ira pensar outras coisas(commo aconteceu no texto anterior, se vc me entende... XP)
well, eh isso q tenho pra dizer
beijos maninha ^^