Wednesday, January 28, 2009


Me encontro sozinha
Em meio a meus pensamentos confusos
Turbilhão de idéias
Cantos escuros de mim mesma
Sombria é minha alma
Em momentos silenciosos
Turva é a visão interior
Perdida nas travas
Nas brumas gélidas de meu ser
Não há luz nem volta
Esta sou eu
Este é o ser que existe
Isto é o que existirá
Contente-se ou não
Não tente me salvar
A salvação não está em me tirar de quem sou
Mas de mergulhar junto a mim neste lamaçal
Se sujar com o sangue que escorre
Sangrar em conjunto
E viver para si só
Para o próprio sofrimento
Não me julgue
Não sou perfeita
Nunca serei e nem quero ser
Sou diferente
Sou dos prazeres vis
Do simples ao mais complexo
Do submundo em que vive meu ser
De meu mundo particular
Da confusão que sou eu mesma
Sou autêntica em sofrer
Seja isto ruim
Seja isto bom
Esta sou eu
Em meu mundo obscuro e só meu
Refúgio secreto para o poeta
Pois só é poeta quem sangra.

1 comment:

Kojiro Shibuya said...

hmmmmmm (ainda nao sei exatamente o que dizer, escolhendo as palavras certas)