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Inerte em meu mundinho
Solitário ser
Sentada no canto mais escuro
Um vazio me consome
Dilascera minha alma
Venda meus olhos
Nada mais há
Nada ao alcance
Nada próximo
Tudo é vago
Tudo é obscuro e silencioso
Não sei se bom ou não
É necessário um tempo
Um tempo para pensar, refletir
Colocar as idéias no lugar
Definir quem sou e o que quero
O que realmente quero
O que e quem
Onde e como
Quando e por que
Sinto-me sonolenta
Neste breu que é minha alma
Neste mar imenso e quase infinito
Neste mar de idéias vagas e descompostas
Compostas de dúvidas e incertezas
Sonhos e esperança
É tudo o que resta
Mas o que sonhar?
Gostaria de saber de onde vem a esperança
A pouca que me resta
A que me dá forças para seguir
Seguir neste caminho tortuoso e acidentado
Caminho cheio de desvios e penhascos
Penhascos que percorro pelas bordas
Sentindo o vento me empurrando ao longe
E me puxando para baixo
Para a mais profunda escuridão
Para um fosso infinito de incertezas
O vento lambe meu corpo
Me envolve em seu ar gélido e pesado
Arranca parte de mim
Me arrasta para as dúvidas mais intrigantes
Dúvidas que me cercam e me desnorteiam
Ergo a cabeça e nada vejo
Além do céu sobre minha cabeça
Céu sem expressão
Cinza e sem sol
Sem alegria nem tristeza
Apenas cinza e inerte com eu
Contemplação bizarra
Como se olhos fitassem-me a todo instante
Medissem-me e controlassem-me
E nos momentos mais penosos
Como se estes olhos fossem meus
Lágrimas escorrem e lavam tudo o que há embaixo
Lágrimas frias como os olhos que deles saem
Lágrimas frias que lavam as minhas
Quentes lágrimas
Pedaços de mim
Parte incompleta de mim
Que se desprende sem o menor pudor
Sem a menor consideração
Pedaços que mostram ao mundo partes do que sinto
Pedaços pequenos e complexos de mim
Lágrimas minhas que caem por muitos motivos
E até por quem não merece
Não merece e não sabe quantos pedaços de mim caem ao chão
Nem imagina como me despedaço por um mesmo ser
O mesmo ser que não sente o que sinto
Que não merece sentir nem parte de todo o carinho
De todos os pequenos raios de sol que cultivei por míseros segundos
Míseros que renderam bons momentos
Bons momentos que se desfazem a cada segundo
E logo após vem a chuva
A fria chuva que varre meu sol
Meu sol, minha luz e meus raios de esperança
Meu mundo
Meu triste e pequeno mundo
Mas, ao longe, sempre há um pequeno raio de sol
Um pequeno raio de sol para ser algum dia
Algum dia nestes meus longos dias de jornada
3 comments:
retomou o antigo blog ?? xDDD bjuss
Gostei.
J. Giusti
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