Thursday, July 22, 2010

Post de número 101. Até que o blog foi longe. Sinceramente? Não esperava tudo isso.

Cento e um posts de angústia e meia dúzia de real felicidade. Alguns apenas com músicas e coisas que me agradavam, outros apenas para constar que não tinha esquecido o blog. Leitores? Desculpa, mas se alguém está lendo deve estar perdendo seu tempo ou realmente não mais nada o que fazer. Ou tem pena de mim. Não sei se isso é bom, mas enfim.

Hoje eu, supostamente, deveria ter ido dormir cedo mas, como sempre, arranjo algo mais (inútil!!! na maior parte das vezes) para fazer. Preciso acordar cedo. Tá, nem tanto, mas com o sono desregulado que eu tenho... "cultivado", acordar cedo é simplesmente um suplício. Oito horas da manhã, para tomar banho, me arrumar decentemente, apresentar o mínimo de decência e amor próprio (e não andar mulambenta, desarrumada e suja por aí), ter o mínimo de respeito às pessoas e sair às nove horas de casa para comparecer ao meu mais novo compromisso semanal às dez horas da manhã. Nos últimos dias tenho sentido que realmente preciso disso. É muito fácil falar. É muito difícil fazer acontecer. É muito difícil ter a coragem e tomar a decisão que pode mudar a sua vida. Ainda se fosse só uma, mas são várias, e que não decidem a hora de vir.
Com tantas coisas e tantos problemas, a auto-estima acaba indo embora. Quando se fica parado, se pensa demais. E quando se pensa demais, se pensa errado ou vê o que não deveria ver. Sonhar é bom, mas quando a cabeça está muito cheia tudo se torna um lindo conto de fadas. Quando a cabeça está vazia e sem estímulos, tudo parece muito difícil.

Já é hora de ir dormir. Na verdade, já é passada a hora de ir dormir.
Boa noite para os que ficam.

Wednesday, July 21, 2010

Mais um dia se passa. Mais uma vez sinto a mesma sensação de que foi inútil. Há muitas coisas passando em minha mente. Muitas indecisões. Sinceramente, o que mais me incomoda é essa dúvida. A dúvida da minha vida. Não apenas por ela ser grande e importante, mas por ser a dúvida, literalmente, da minha vida. Tenho andado sem rumo. Tenho feito muito pouco. Há falta de estímulo e, ao mesmo tempo, um desinteresse enorme da minha parte. Nada me atrai realmente. E quando atrai, tenho medo, pois é algo completamente diferente do que estou acostumada, do que, supostamente, deveria fazer.
Há certas coisas confusas em minha vida. Eis algumas. Estudar até a oitava série pensando que sabia o que queria fazer da vida como profissão, entrar num colégio voltado para o vestibular, não passar, fazer um ano de cursinho para um mês antes da prova decidir que mudou de idéia. Escolher outro curso e entrar numa faculdade que só é necessário deixar o RG cair na porta que já está aprovado, um lugar cheio de gente estúpida e fútil (generalizando e não querendo ofender as pouquíssimas excessões). Chegar no final de um curso caro e inútil, onde não aprendi o tanto que gostaria e, imagino eu, o tanto que deveria, e não ter certeza se é isso o que realmente quer fazer da vida. O que mais será preciso? Já me foi dado de tudo.Será apenas falta de estímulo? Muito tempo ociosa? Quanto mais tempo para pensar, mais indagamos as coisas e não temos mais certeza de nada. Será apenas uma desilusão com o curso e não com a carreira? Ou o fato de não conseguir nada na área é o que me aflige mais? Não sei dizer. Só sei que fico muito tempo parada, inútil, brincando no computador e não sinto vontade de fazer quase nada. Não sinto vontade até de arrumar meu currículo para mandar para algum lugar. Não sei em que dentro da área eu realmente quero trabalhar. Ultimamente tenho preferido coisas aleatórias, algumas que se relacionam com o que estou prestes a me formar, outras completamente fora.
Apenas asseguro uma coisa: Já não sei de mais nada. Apenas tenho vivido dia após dia na minha ociosidade decrépita que me corrói.
Tenham uma boa noite os que ainda vivem.

Wednesday, July 07, 2010

No último post eu dizia "Cinco de maio. Última postagem, dia 11 de março. Blog foi quase esquecido." Agora o que devo escrever? Sete de julho. Última postagem, dia cinco de maio. Blog foi quase esquecido. Seria isso? Da última vez achei ruim ter ficado dois meses sem postar. Desta vez foram mais dois meses. Meses que nem vi passar. Meses que nem pensei no blog. Acabei me distraindo com outras coisas, muitas vezes inúteis, mas que me faziam passar o tempo e desestressar, de certa forma. Tanto me fazem passar o tempo, que passo tempo demais nelas, perdendo o tempo de fazer outras coisas. Ao mesmo tempo, fico pensando nas minhas opções. É meio difícil sair de casa e não gastar dinheiro. Não há muitas ruas boas para andar e para se deslocar é preciso gastar de qualquer forma. Podem até dizem "Então ache uma forma de ganhar esse dinheiro, oras!". Pois bem, este também é um problema sério. Não tenho muita certeza do que quero, sei que não quero trabalhar de escrava e nos lugares onde deixei meu currículo não obtive respostas.Penso em abrir um negócio próprio, com um auxílio de meus pais para abrir a empresa. Vendas pela internet. Mais fácil e barato. mais perigoso também. Ninguém garante que o cliente vai pagar. Nem sempre o cliente é da cidade. Dá trabalho da mesma forma, mas custa menos, teoricamente. Algumas coisas alegram meu dia. A conversa que ressurge em casa, o rostinho lindo e apaixonante do meu namorado (bichinho peludo!!! =* ). Basicamente isso. Não muito mais que isso. Estou em paz comigo mesma. Não contente com a faculdade, desinteressada pelos trabalho que devo fazer. Completamente desanimada. Mas a vida segue, e bem por sinal. Só falta um pouco para melhorar. Me falta um estímulo, algo que me impulsione para frente. Mas creio que não será a terapia que me mudará. Odeio quando as pessoas presumem que a partir do momento em que lhe indicam um psicólogo e você aceita, acham que todos os seus problemas e conflitos vão acabar. Eles não fazem milagres, muito menos se eu não quiser. Mas há coisas que as vezes não adianta apenas querer. Engordar, para alguns, é um terror e algo extremamente fácil de acontecer. Para mim, tem sido um martírios. Não importa o quanto eu coma, não ganho peso de forma alguma. por outro lado, nem sempre a comida de casa me agrada e acabo comendo pouco ou quase não comendo. Sei que isso não é bom, mas acabei criando uma espécie de trava em que nada mais desce, sinto enjôo e total falta de apetite. Preciso tomar cuidado, me monitorar e sempre comer. As vezes como até sem vontade, mas termino por que sei que preciso. Também sei que preciso voltar a andar. Deixei de fazer a única atividade física que praticava: caminhada. Nada de parque ou quarteirão. Eram caminhadas a esmo, por lugares aleatórios, onde desse vontade de ir, onde eu estivesse próxima.
Aos poucos vou me ajustando e achando meus caminhos. Quem sabe não seja tão difícil assim.