Saturday, May 30, 2009




A espera de um toque, alguém que compreenda
Um olhar, um sorriso
Poucas palavras que dizem muitas coisas
Algo mais sutil e delicado
A espera de atenção, de conforto
Incompreendida e esquecida
Apenas pensando em qual foi o passo errado
Se é que houve algum
Todos merecemos sofrer
Não diria sofrer, mas pagar por o que fazemos em algum momento
Devemos sangrar
Sangrar para sermos poetas
Sina maldita dos solitários e pensantes
A espera de outros braços para repor todo conforto perdido
E um dia nunca tido
Falsa ilusão de que as coisas podem durar
Quando suspeitar de alguém, acredite!
Normalmente os instintos não falham
Mas fomos feitos para errar
Presos num ciclo vicioso
Não vemos quem está próximo
De braços abertos apenas esperando
Esperando um toque, que compreendamos
Um olhar, um sorriso
Poucas palavras sutis e delicadas
Esperando a atenção e o conforto que tanto procuramos

Monday, May 18, 2009


De mês em mês, um post
De mês em mês, uma loucura
A cada segundo mais cansada
A cada momento surtando mais.
Aos poucos, faço o que consigo,
Faço o que posso para o que tenho que fazer.
Esforço-me ao máximo para o que quero.
Esgoto-me até a última gota,
Até a última força.
Mas tento ver que há um lado bom.
Já não falta muito para minha crucificação,
Para o último suspiro e o alívio final.
Agrada-me a idéia de apenas olhar para frente,
Sem as preocupações que me afligem.
Agrada-me a idéia de sorrir por sorrir,
E não por nervoso ou ansiedade.
Agrada-me a idéia de estar livre,
De deixar de me preocupar.
Sigo aos poucos, esperando pelo fim,
O fim de algo que suga minhas energias,
O fim de algo que espero contemplar no final.
Que toda dor e cansaço de agora
Mostrem ter valido a pena em algum momento.
Em um pálido amanhecer de inverno.