Wednesday, December 05, 2007


Sozinha me encontro.
O por do sol é belo.
O final de tudo parece belo ao olhar de um solitário.
Pergunto-me quantos se importam.
Aposto que apenas um ou dois, se muito.
Posso ter pessoas próximas a mim,
Mas, por dentro, estou sozinha.
Sempre sozinha.
Em meu mundo,
Em meu ser,
Minha alma.
Vago sem rumo,
Procuro abrigo onde não há.
A luz parece não existir através dos outros,
Mas, sim, através de mim mesma,
Refugiando-me dentro de mim mesma.
Pessoas parecem desnecessárias.
Até que ponto isto vai?
Haverá um dia em que não conseguirei mais falar com ninguém?
Meu ser se aflige.
Pergunto-me até quando.
Até quando...
Eternamente.
Infinitamente.
Até meu último dia,
Meu último suspiro.
Minha alma vagará no limbo a procura de algué.
Alguém que nunca chegará.
Que nunca chegou.
Sinto que estou fadada a ser solitária,
Em tudo o que faço,
Em todos os meus dias,
Em todos os segundos de minha vida.
Ainda estou viva?
Por fora, quem sabe,
Mas já não tenho mais certeza se por dentro.
Tudo é tão frio e escuro.
Há alguém aí?
Quem sabe esteja apenas adormecida,
Em um sono tão profundo que mal posso acordar sozinha.
Mas quem virá?
É o fim.
Não vejo a luz,
Nem sinto o calor de estar viva.
Por que continuar assim?
Por que não posso mudar isto?
O que faço de errado?
Ainda não sei.
Não fui capaz de descobrir.
Enquanto isso, fico nesta sobre vida,
Fadada a agonizar eternamente.