Sunday, September 02, 2007


Ando sozinha por locais desconhecido.
Não sinto a necessidade de alguém para me guiar,
Mas falta algo.
Não sei dizer o que.
Sempre faltou.
O escuro me conforta.
A solidão é o meu viver.
Ou era?
Algumas pessoas não me entendem,
Não conseguem imaginar alguém solitário,
Alguém que não sentia falta dos outros,
Alguém que vaga pela cidade,
Alguém que sorri por estar solitário,
Por estar com si mesmo.
Um estilo de vida.
Mas adimito que mudei.
Já não fico mais tão sozinha.
Será que isso é bom?
De certa forma, sim.
Pois sinto que parte do que me faltava, já não me falta mais.
Porém, ninguém é poeta sem sangrar,
E eu já não sangro mais,
O que significa que já não escrevo tão bem.
Parte de mim deseja ficar do jeito que está,
Seguir em frente e até melhoar.
Parte de mim pede para sangrar novamente.
Agora, além da parte que já faltava,
Falta a parte da poesia, da escrita.
O que devo fazer?
Amo fazer o que faço e do jeito que faço,
Mas sinto falta do sofrimento,
O que me incentivava a escreve.
Muitos podem me taxar de louca, de depressiva,
Mas estas pessoas não me entendem.
Nunca sangraram,
Nunca precisaram sangrar para escrever.
Há quem me entenda.
Por mais que diga, a opinião dos outros importa sim.
Quando alguém te elogia, te deixa feliz.
Porém, se você é criticado, sente algo por dentro,
Algo forte,
Que o força a escrever mais ainda
E mostrar que é superior a quem te criticou.
Isto se chama orgulho.
Todo temos, mas o meu é grande demais.
Não posso mudar isso.
Como há quem se importe comigo,
E quem não dê a mínima.
Também não posso mudar iss,
Mas posso passar por cima delas
E mostrar que sou melhor que a insignificante existência delas.
Posso ser melhor que qualquer um.
E serei.
Não importa o que digam,
Não importa o que façam.
Eu não preciso ser.
Eu já sou.
É esta idéia que me conforta.
A minha solidão me conforta.
me torna mais forte a cada dia.
Penso na vida, nos atos.
Penso em como seria e como é.
Faço projetos.
Cresço a cada instante.
Nada vai me derrubar,
Apenas eu mesma.